20 de jun. de 2011

Leonel Mattos: “vejo a cidade como um imenso quadro”

Fotos: Cristina di Paula e Leticia Rastely
Impossível não perceber uma fachada exuberante como a do ateliê de Leonel Mattos, formada por autorretratos coloridos, ao passar pela Rua da Paciência. O artista plástico conheceu a pintura aos 15 anos e, segundo ele, “pirou”. Desde então, se dedicou a arte e as suas diversas formas, pois além das telas, ele produz esculturas em ferro, cimento, madeira, televisões antigas... 


Para Leonel Mattos, tudo é arte, ou pode ser transformado nela. “Não vejo o poste somente com a função de carregar fio, vejo como uma linha na vertical no espaço urbano... Vejo a cidade como um imenso quadro”, afirma.

Veja o vídeo em que Leonel Mattos fala da produção artística:


A mãe e a tia foram suas maiores incentivadoras. A tia porque dava as telas para ele pintar. A mãe porque dizia: 


- Essa porcaria ai não presta! - "Eu ia chorando para o quarto, pintar melhor”, relata o Leonel. 


Hoje, reconhecido nacionalmente, ele  ganhou do cineasta Tuna Espinheira o curta metragem “Leonel Mattos a 24 Quadros Por Segundo”, premiado na Jornada Internacional de Cinema da Bahia.


“Um artista indisciplinado”, assim se revela Leonel, ao comentar que não tem dia nem hora para produzir, a inspiração apenas vem. As produções  e as próximas exposições podem ser vistas, também, em seu blog.

Com inspiração no cotidiano, o artista faz intervenções urbanas como forma de democratizar a arte. “Falta informação. Educação para o primário, para despertar a arte... Para saber que a arte não é para se entender, é preciso senti-la”, reclama Leonel, um crítico da falta de incentivo, por parte dos governantes. 


Como presidente do Sinapev (Sindicato dos Artistas Plásticos e Visuais da Bahia), Leonel defende os direitos da classe e promove os novos artistas.

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